Percorrendo os caminhos da educação infantil: a arte da literatura contemporânea

Historicamente, como nos lembra Áries: a história social da criança e família do século XV até o meio do século XVII tendia-se a considerar como termino da primeira infância a idade entre: 5-6 anos, quando deixava sua mãe, sua ama ou suas criadas. Todavia, assim que entrava na escola, a criança entrava imediatamente no mundo dos adultos. Nesta época, existia uma rudeza na infância escolar. “Não existia separação por idade, nas salas. Isto é, criança de 6 anos chegava a estudar com jovens e homens de mais de 20 anos.” (Áries, 1982, p.108.) Desse modo, tampouco, existia sentimento de infância. Logo, esse sentimento em si, surge no Brasil no século XIX, inerente com as necessidades da ampliação das escolas para atender a demanda.     

A esse respeito, a família medieval tinha um organismo pouco estruturado: criava os filhos, mas não os revestiam de cuidados e de projetos.
No final do século XX foi um período no qual a sociedade brasileira viveu um processo de democratização depois de mais de duas décadas de regime autoritário militar em 1964. Contudo, na década de 1980, aconteceu um intenso debate consagrando as crianças como sujeitos de direitos. É importante enfatizar, que este marco inédito de lutas e conquistas no Brasil, aconteceu acerca de envolvimentos dos movimentos sociais, juristas, educadores, militantes e assistentes sociais. 

A partir dos anos 80, acreditando em um papel específico que a escola tem com relação a mudanças nas ações sociais e culturais, educadores brasileiros mergulham em um esforço de conceber e discutir práticas e teorias de educação escolar para essa realidade. Conscientizam-se de como a escola se configura no presente, com vista a transformá-la rumo ao futuro. E nos convidam a discutir as ações e as idéias que queremos modificar na educação em arte, como um desafio e compromisso com as transformações na sociedade. (FERRAZ; FUSARI, 1999, p33) 

No decorrer desta conjuntura mediante a literatura de estudiosos
vale ressaltar, que no Brasil foram muito importantes os movimentos culturais na correlação entre a arte e a educação desde o século XIX: como a criação da Escola de Belas Artes; no século XX, a Semana de 22.
Diante dos estudos realizados acerca dos avanços da educação no Brasil, percebe-se as necessidades emergentes dadas a velocidade das transformações sócio-histórica e culturais 

 

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